
O impacto econômico
No Brasil, somos 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos, movimentando 20% da economia. Isso é mais do que a população do Chile e Uruguai somadas, o que não é pouco

Economia prateada é a soma de todas as atividades econômicas associadas às necessidades das pessoas com mais de 50 anos e os produtos e serviços que elas consomem diretamente ou virão a consumir no futuro.
A agência norte-americana FleishmanHillard realizou pesquisa em 2021 e constatou que a Economia Prateada é a terceira maior atividade econômica global, movimentando 7,1 trilhão de dólares anualmente. No Brasil, estamos chegamos a 1,6 trilhão de reais.
Existem controvérsias entre as fontes sobre os números reais da Economia Prateada, porém ninguém mais duvida da sua robustez. Alguns setores já estão faturando alto ofertando vantagens para o público sênior, mas ainda há espaço de sobra no mercado que mais cresce no mundo. Nos Estados Unidos, esse público já representa 25% da Economia.
Diferentes de seus ancestrais recentes, os idosos de hoje são consumidores ativos que não querem satisfazer apenas necessidades materiais básicas. Estas, ou já foram resolvidas ou não interessam mais. Como são seres informados e desejantes, querem satisfazer vontades pessoais com produtos, bens e serviços que proporcionem prazer e bem-estar, melhorando a auto-estima.
Gostam de se auto presentear com alguns mimos. Turismo, em suas diferentes modalidades, está entre os preferidos porque é da natureza humana viajar, descobrir novos lugares e interagir com outras culturas. É uma pena que nem todos tenham oportunidade.
Na União Europeia e América do Norte existem ofertas especiais para viajantes maduros em hotéis, resorts, restaurantes, passagens aéreas, ingressos de shows ou eventos esportivos, locação de automóveis e muito mais. Aqui, por enquanto, a oferta ainda é limitada, mas está melhorando.
A diversidade e a inclusão etária não podem mais ser ignoradas, tampouco mitos superados e preconceitos podem permenecer ditando as regras de como os grupos 60+ devem viver, se comportar ou se colocar na sociedade.
No Brasil, somos muitos, somos 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos, movimentando 20% da economia. É um número que cresce muito rapidamente. Estamos deixando de ser o país jovem das décadas passadas.
A questão que precisamos resolver é como implementar políticas públicas para incluir mais cidadãos em um patamar socioeconomico que lhes permita usufruir os benefícios da idade madura com qualidade, saúde e segurança.
É uma boa luta para todos nós!