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O legado dos baby boomers

Diante da ameaça nuclear, o mundo precisou mudar quando acabou a Segunda Guerra Mundial. No comando, os baby boomers mudaram definitivamente as feições da humanidade ocidental

A 1ª Revolução Industrial teve início na Inglaterra por volta de 1780. Embora de grande impacto, as mudanças tiveram um ritmo lento para os nossos dias. As máquinas, em especial, as movidas a vapor passaram a substituir o trabalho humano, com ganhos na padronização, escala e produtividade. Os padrões de consumo, modo de vida e as relações de trabalho, entre o homem e a natureza, mudaram bastante. Tudo lentamente.

Foi só no século XIX e nas primeiras décadas do século XX (1840-1945) que os avanços ganharam velocidade, se expandiram para fora da Europa quando teve início a 2ª Revolução Industrial.  Surgiram os motores à combustão e elétricos, ferrovias, trens a vapor, navios de aço, telégrafo, telefone, indústria automobilistica, indústria petroquímica (plásticos, petróleo, lubrificantres, fertilizantes e adubos).​

 

No Brasil aconteceu tardiamente por volta de 1930, depois da crise do café, ainda com forte dependência de tecnologia e capital estrangeiro. Marcos da mudança foram a criação da Companhia Siderurgica Nacional (1942-47) e da Petrobras (1953).

A explosão de bebês nascidos entre 1946 e 1964 protagonizou acontecimentos que mudaram definitivamente as feições da humanidade ocidental. E desde então, o mundo não parou de acelerar.

Os últimos cinquenta anos do século 20 foram marcados pela ascenção dos baby boomers, uma geração que encontrou um mundo antigo, conservador e amedrontado pela corrida nuclear. Essa geração também renovou os conceitos de juventude e longevidade. Agora, estão mudando o modo de encarar o envelhecimento.

A Guerra Fria, a corrida armamentista, a competição espacial, avanços tecnológicos no setores agrícola e industrial, nas ciências em geral, e na medicina em particular, a efervescência nas artes, na música, na moda, nos costumes, nos esportes, nos direitos civis, só para citar algumas áreas que se alteraram profundamente em poucas décadas.

Nos anos 1960, os Beatles escandalizaram o mundo com suas músicas, guitarras e cabeleiras “obscenas” (confira nas fotos, mas não ria), enquanto a minissaia fazia o mesmo com apenas 30 centímetros de tecido para cobrir as pernas das garotas que hoje são avós de muitos netos. 

Pílula anticoncepcional, amor livre, drogas, sexo e rock and roll, Woodstock e seus 400 mil jovens seminus vivendo em clima de paz e amor no meio do lamaçal. O mundo pegou fogo naquele tempo sob o lema “Faça amor, não faça a guerra!”

Até 1967 nunca tinha havido um transplante de coração entre humanos como fez o dr. Christiaan Barnardt na África do Sul. O astronauta Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua, precisou esperar mais oito anos depois da viagem do cosmonauta russo Yuri Gagarin ao espaço para realizar a façanha que, até então, existia apenas em livros de ficção científica.

Muhammad Ali, o maior boxeador de todos os tempos, defensor dos direitos dos negros, teve sua licença e títulos cassados em 1967 pelo governo Lyndon Johnson ao se recusar a combater no Vietnã. Três anos depois, voltou a lutar, sagrando-se tricampeão mundial (1964, 1974 e 1978), sendo reconhecido com "O Desportista do Ano" pela revista estadunidense Sports Illustrated em 1999.

Em 1994, na África do Sul, Nelson Mandela, depois de 28 anos na prisão, venceu a primeira eleição multirracial, colocando ponto final ao regime racista que vigorou durante décadas. 

 

Foram momentos marcantes na vida dos revolucionários boomers. Hoje tudo é história, mas foram avanços extraordinários em muitas frentes, como na pesquisa científica, na indústria de fármacos, na medicina, nas ciências, no desenvolvimento de tecnologias inovadoras, além de intensos embates civilizatórios contra o conservadorismo mundial.

Estamos, pela primeira vez na história da humanidade, prontos para romper a barreira da longevidade. Ganhamos décadas de vida extra desde a metade do século passado
  • No mundo. na década de 2030, teremos 1 bilhão de idosos na faixa de 60 a 75 anos, e 7 bilhões de pessoas distribuídas nas demais faixas etárias. Os maduros serão cerca de 14,3% do total. 

  • Na década de 2070, as pessoas acima de 60 anos serão 3 bilhões, quase dobrando o percentual de participação (27,3%). As demais faixas estarão mais envelhecidas e somarão 8 bilhões.​

  • A França levou 115 anos anos para dobrar a população 60+ (de 7 para 14%). O Brasil fez isso em apenas duas décadas, entre 2000 e 2020: de 14,5 milhão (8,5%) saltou para 33,9 milhão de pessoas 60+ (16%).

 

  • Em 2030, pelo menos 35 das 195 nações terão, no mínimo, um em cada cinco habitantes acima dos 65 anos.

  • Em 2025, nos Estados Unidos, aqueles com 65 ou mais se igualarão em número aos abaixo dos 18. 

  • Em 2050, um em cada seis habitantes do planeta terá mais de 65 – e, nos EUA e na Europa, a proporção será de um em cada quatro. 

  • O grupo que mais cresce, o dos octogenários, vai triplicar: de 143 milhões, em 2019, para 426 milhões em 2050.

  • Em breve, haverá uma nova classificação para pessoas mais longevas, ativas e saudáveis: a Quarta Idade para os maiores de 80.

  • Em 1945, apenas 5% da população brasileira tinha 60 anos ou mais. Em 2050, serão 31% ou cerca de 68 milhões.

  • Em 2050, o Brasil será o 6º país mais velho do mundo entre os países desemvolvidos. 

  • O Brasil já deixou de ser o país da juventude para se tornar um país de meia-idade.

  • Hoje temos mais avós do que netos.

 

  • Pela primeira vez, a população brasileira com mais de 60 anos é maior do que a de até 5 anos.

 

  • Em 2030, teremos mais idosos do que pessoas com até 14 anos.

  • Pela primeira vez, a população brasileira com mais de 60 anos é maior do que a de até 5 anos.

  • Em 2030, teremos no Brasil mais idosos do que pessoas com até 14 anos.​

Essas mudanças geracionais tiveram início pouco antes da geração Baby Boomer entrar em campo e fazer as mudanças que transformaram o mundo. Continuou quando as gerações seguintes assumiram o jogo.

 

Agora é a hora de todos desfrutarem do legado que os baby boomers conquistaram para si e para as demais gerações e de permancer sempre atentos para que não seja perdido.

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O propósito deste blog é dialogar sobre viagens, turismo, cultura, longevidade, economia e bem-viver com quem faz parte da Geração Prateada ou está quase chegando lá. Temos a sorte e o privilégio de sermos a primeira geração na história da humanidade que tem sua longevidade ampliada. Precisamos estar preparados para desfrutar a maturidade em sua plenitude e celebrar essa conquista todos os dias. Longevivendo acredita que viajar é uma das formas mais saudáveis para viver mais e melhor!

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