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Conflitos intergeracionais

Colegas de trabalho risonhos

​É fato que o mundo corporativo está cada vez mais agressivo e tóxico pela concorrência exacerbada dentro e fora das organizações. Mas a maior parte dos conflitos intergeracionais, surge por falta de diálogo, transparência e boa governança.

Sejamos claros: no capitalismo real, uns querem explorar os outros. Generalizando, temos de um lado, gestores que querem cortar custos, pagar pouco para aumentar o lucro da empresa, distribuir dividendos e mostrar eficiência para engordar o próprio bônus. Em alguns casos, limitam os meios e estrangulam a atividade-fim.

Do outro, e generalizando também, têm os que apostam na força da juventude convencidos da própria autossuficiência e genialidade: querem ser promovidos ontem, ganhar altos salários agora, oferecendo em troca baixo engajamento e entregas de pouca qualidade. Vivem sem medo de ser feliz porque, moram com os pais, não pagam aluguel, têm comida e roupa lavada. 

​Os mais experientes (“velhos”) já viram e ouviram muita balela na vida. Sabem a diferença entre monges e executivos, filosofia e autoajuda, ciência e chute. Não acreditam mais em antigos mantras renovados, sabem que estrangeirismos da moda servem apenas para renomear velhos problemas sem solução. Sabem que, em poucos meses, mudarão de nomes para disfarçar incompetências e entrarão em desuso, substituídos por novas gírias corporativas. 

É certo que existem uns tios folgados que acham que sabem tudo, não se atualizam, são inflexíveis e autoritários. Falam muito, fazem pouco, não ensinam ninguém e não trazem nenhuma ideia inovadora. O diabo sabe que gente improdutiva, enroladora e de caráter duvidoso se espalhou de forma assustadora no pós-Paraíso e infestou as pequenas, médias e grandes corporações. 

 

Os mais velhos sofrem com suas limitações para acompanhar a velocidade da tecnologia digital. A dificuldade é real, e sendo mais lentos nesse quesito, acabam sendo menosprezados como se não tivessem adquirido outras habilidades e competências.  

Para os nativos da Era Digital, é um ambiente ultracompetitivo, individualista, movido a falácias que certamente acabarão desmascaradas pelo tempo. 

A exposição excessiva ao mundo online, ambientes virtuais insalubres, informações e conteúdos falsos, ideologias deturpadas ou inadequadas podem causar dependência exagerada de recursos tecnológicos, dificuldade de convivência no mundo offline e distúrbios à saúde mental com riscos iminentes ao bem-estar e à estabilidade emocional dos colaboradores.

Sonhos inalcançáveis e metas irrealizáveis induzem ao fracasso e à humilhação.

Burnout à vista. Game over.

 

***

Tratamos aqui ​de preconceitos perversos que, mais cedo ou mais tarde, atingem a todos e que precisam ser combatidos com inteligência e humildade pelas partes envolvidas. Convém lembrar que somos, todos nós, degraus para as gerações seguintes, e que a troca de bastões é inexorável. E muito saudável para trabalhadores e empresas.

 

O conflito de gerações é antigo como o mundo. O combate aos preconceitos é mais recente, uma conquista dos Direitos Civis constituidos para suprimir privilégios históricos e igualar os cidadãos entre si. 

Embora condenável e mais visível na atualidade, o etarismo não acabou. Entretanto, tem escalado nas últimas décadas por conta da Era Digital, se tornando mais urgente e exigindo sabedoria e tolerância entre as diversas gerações que convivem em sociedade.

 

O mundo (e o Brasil, em especial) está envelhecendo e a necessidade de se manter ativo por mais tempo, exige que as diferentes gerações atenuem o etarismo e abram espaço para os mais idosos no mercado de trabalho. 

 

Cabe aos novos atletas, no papel de atores principais dessas lutas, promover o aprimoramento e a adaptação das novas tecnologias para levar adiante projetos e tarefas iniciadas por seus antecessores. Foi assim na Era Industrial, está sendo assim na Era Digital, e assim será na próxima Era que já está embarcada no futuro. 

A diferença está na velocidade. Só que agora com o apocalipse por perto, o pavio é mais curto, a espoleta está seca e o estrondo do preconceito pode machucar a todos.

 

Revoluções verdadeiras na trajetória humana no planeta são raras, mas quando acontecem de tempos em tempos, viram o mundo de pernas para o ar.

 

Será que a Revolução da Longevidade vai fazer isso também?

É só uma questão de tempo para saber. Quem viver, verá.

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O propósito deste blog é dialogar sobre viagens, turismo, cultura, longevidade, economia e bem-viver com quem faz parte da Geração Prateada ou está quase chegando lá. Temos a sorte e o privilégio de sermos a primeira geração na história da humanidade que tem sua longevidade ampliada. Precisamos estar preparados para desfrutar a maturidade em sua plenitude e celebrar essa conquista todos os dias. Longevivendo acredita que viajar é uma das formas mais saudáveis para viver mais e melhor!

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