Uma boa prática: conversar mais
- 4 de jun. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 27 de nov. de 2024

Já escrevi sobre preconceitos aqui e aqui e sobre os frequentes conflitos geracionais dentro das empresas aqui. São temas inevitáveis no mundo corporativo, especialmente quando envolvem gerações diferentes.
Todos nós da Geração Prateada temos experiências vividas nessas questões. Hoje tenho certeza de que as mais desagradáveis tiveram origem na falta de diálogo. As mais bem-sucedidas resultaram na superação do ego por uma boa conversa.
Mesmo assim, nunca é demais refletir sobre como nos conduzimos no passado e como podemos diminuir tensões futuras. Não vale só para o ambiente corporativo, vale entre casais, entre pais e filhos, entre amigos, entre vizinhos. Ou seja: vale pra vida!
No conflito, precisamos serenar o espírito e propor novas formas de diálogo para caminharmos juntos harmoniosamente evitando rupturas desnecessárias que causam dor, sofrimento e arrependimento.
Enquanto pensava nessas tretas, andei lendo sobre o assunto. Entre outros, encontrei o artigo Diálogo Necessário, escrito pelo jornalista e palestrante Ricardo Mucci, publicado no Linkedin, e parcialmente reproduzido abaixo, mas que pode ser lido na íntegra aqui.
Recomendo para lideranças empresariais, empreendedores, gestores e profissionais de todos os níveis que desejam melhorar suas relações dentro e fora da empresa.
“Vamos nos deter no que é necessário: o diálogo entre as gerações.
Pesquisa recente do LinkedIn mostra que o problema vai além do etarismo: no último ano, 40% dos trabalhadores com mais de 55 anos não dialogaram diretamente com parceiros da Geração Z dentro da empresa. E um em cada cinco representantes da Geração Z não falou com alguém 50+. Para Deepali Vyas, da Korn Ferry, “a Geração Z está usando formas de comunicação diferentes dos Boomers, e isso diminui a chance de a comunicação acontecer”. Não se trata de questão comportamental ou linguística, mas sim tecnológica, pois a Geração Z aprende e se relaciona, essencialmente, por meio digital, que nem todos os Boomers dominam. E a adoção crescente da #InteligênciaArtificial só amplia esse gap de forma exponencial. É relevante ressaltar que na pesquisa muitos jovens admitem a relação ganha-ganha, porém a liderança das empresas não estimula a relação intergeracional. Resultado: frustração de ambos os lados, ao invés de diálogo e crescimento.
Estudo recente da Deloitte sobre as Tendências Globais do Capital Humano revela que apenas 6% dos líderes das empresas sabem conduzir ambientes de trabalho multigeracionais, então não podemos penalizar apenas os jovens trabalhadores. Os líderes têm grande parcela de responsabilidade no conflito de gerações. Lembro de um artigo que publiquei no Linkedin tempos atrás sob o título: "Preconceito Etário tem CNPJ". Muita gente apoiou e compartilhou. A realidade não mudou.”
Mas pode mudar se todos se abrirem ao diálogo honesto, empático e não violento.
Eu acredito numa boa conversa!
Precisamos muito desses diálogos honestos e empáticos. É na colaboração que avançamos como indivíduos e como sociedade.