City Tour vale a pena?

Uma maneira rápida, prática e econômica de conhecer cidades maiores e seus melhores pontos turísticos é embarcar em um daqueles aqueles ônibus panorâmicos de dois andares que percorrem as grandes avenidas cheios de turistas alegres e barulhentos

City Tour é uma opção rápida

Imagens: Freepik

As metrópoles que recebem muitos turistas quase sempre têm duas ou três companhias que oferecem opções de rotas urbanas com preços e ofertas diferenciadas que podem ser previamente reservados pela internet. Tipo reserve agora e pague 72 horas antes de embarcar!

Os preços são acessíveis e os pacotes oferecem atrativos e benefícios diferenciados, incluindo ingressos de museus, shows, casas de espetáculos e outros. Sugerimos conferir os extras oferecidos antes de fechar o pacote.

Se tiver, aproveite os ingressos gratuitos (faça contas: são mesmo?) e lembre-se que idosos muitas vezes não pagam e crianças pagam a metade.

Quase todas as empresas dispõem de aplicativos para orientar os turistas e fazer a leitura de QR Codes para embarque/desembarque e acesso a eventos de seus parceiros. Como você sabe, ter um smartphone hoje em dia é essencial. Não tem escapatória, estamos cada vez mais sendo guiados por algorítmos.

Gostou do lugar, desce. Cansou de caminhar, sobe

Os passaportes são válidos por um, dois ou mais dias e os circuitos completos que duram várias horas, com pontos de embarque/desembarque (Hop 0n – Hop Off) nos lugares mais interessantes para o turista. Confira bem as regras de uso porque variam muito.

Todos os ônibus são equipados com sistemas de som em vários idiomas que descrevem cada atração do trajeto (monumentos, pontes, estações de trem e metrô, castelos, bibliotecas, parques, teatros, museus, prédios públicos etc.), apresentando também fatos históricos e outras curiosidades da cidade.

Sempre fazemos city tour na primeira visita a uma grande cidade. Assim temos uma visão geral das suas principais atrações. Depois voltamos aos lugares que mais gostamos para ver o pôr-do-sol, caminhar pelos parques, visitar museus e celebrar na happy hour.

Achamos que vale a pena porque certos lugares são lindos apenas para se ver de longe!

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Mi Buenos Aires, querida!

Gostas de tango? Eu gosto muito de ouvir porque dançar é outra coisa. Basta ver um casal portenho a bailar no meio da rua do Caminito pra concluir que aquilo é impossível para quem não começou a praticar na adolescência e tem algum senso do ridículo.

Gosto muito de ouvir Astor Piazzolla e seu bandoneón. Sou admirador da sua arte e da sua ousadia de fazer a releitura melódica do tango em suas composições, o que por algum tempo deixou os argentinos mais tradicionais de cabelos em pé. Dizem até que houve uma greve geral de bandeonistas, mas acho que é lenda.

Piazzolla inovou tanto que o tango nunca mais foi igual. Não é preciso ser argentino para afirmar que ele foi um homem muito culto e um músico genial.

Ouça a sua composição mais famosa, aquela que ele considerava a sua melhor obra musical, composta com a ajuda dos anjos.

Adiós Nonino, foi feita para se despedir de seu pai em seu leito de morte.

Agora ouvir a introdução de Adios Nonino de 10 em 10 minutos durante as 6 horas que durou o city tour em Buenos Aires é de matar qualquer paixão pelo tango, por Nonino, por Buenos Aires. Ninguém merece. Muito menos o grande Astor Piazzolla.

Sim, o tango tem a cara da cidade, mas a trilha sonora do passeio poderia ser mais variada, porque a discografia do compositor é imensa como ele. E a música argentina é muito rica, vai muito além de Piazzolla.

Precisei de um tempo para voltar a ouvir esse tango tão carregado de sentimento, tão passional como os argentinos.