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Guia de turismo: quem precisa?

  • 26 de nov. de 2024
  • 5 min de leitura

Atualizado: 2 de dez. de 2024

Há lugares que exigem guias treinados para compreender melhor o que está diante dos olhos. Sozinho, você vai entender muito pouco ou quase nada



Será que você também precisa de um guia?


Depende. Em alguns lugares, onde as principais atrações são identificáveis e de fácil acesso, provavelmente não. Depende também do que você quer trazer pra casa.


Se estiver percorrendo pela primeira vez uma cidade histórica ou uma região geograficamente peculiar, é quase imprescindível contratar um guia para obter informações relevantes e precisas sobre a arquitetura, períodos de formação geológica, biografia, fatos e personagens históricos, características dos biomas, fauna e flora da região.

 

Vamos citar apenas dois exemplos de lugares que exigem guias treinados para compreender melhor o que está diante dos olhos.


Sozinho, você vai entender muito pouco ou quase nada. E só vai trazer selfies pra casa.

Turista e guia nos Aparados da Serra
Turistas guiados por @lucascondutor da Agência Guia Aparados que, além de prestativo e simpático, dá uma aula de Ecoturismo. Mas os outros guias também são ótimos.

Aparados da Serra, uma visão real em 360 graus


É de tirar fôlegos! Assim mesmo, no plural


Primeiro, para chegar ao topo caminhando por uma trilha íngreme na parte final.

Segundo, porque é um espetáculo de grandiosidade da natureza que se abre em 360 graus.


Os principais cânions Itaimbezinho e Fortaleza estão na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul. Existem outros, menores, menos famosos e menos visitados por turistas, mas que atraem grupos de aventureiros mais radicais e experientes.


Seus paredões verticais de 700 metros de altura em meio à Mata Atlântica e a Floresta de Araucária, ambas riquíssimas em biodiversidade, abrem o principal espetáculo da natureza do parque, que atrai multidões de turistas de todas as idades.


A formação basáltica, de origem vulcânica, data de milhões de anos. A chuva, a erosão e os rios foram esculpindo as rochas para formar seus contornos e definir sua configuração atual.

No ecossistema vivem aves diversas que podem ser observados e fotografados pelos visitantes em vários mirantes. Pequenos animais, répteis, plantas e flores nativas dos Campos de Cima da Serra, uma extensa área que alcança diversos municípios da região em altitudes que variam entre 900 e 1200m, também podem ser avistados durante o percurso de suas trilhas.

No parque, você pode acampar, praticar esportes de aventura, percorrer diferentes trilhas, produzir fotos impactantes, aprender muito sobre educação ambiental e vivenciar práticas de turismo sustentável.


Você precisa mesmo de um(a) guia?

 

Não, se o objetivo é ir até lá para fazer algumas fotos, caminhar um pouco, tomar sol, meditar e ficar embasbacado com a beleza do lugar.


Isso você pode fazer sozinho. Mas é pouco!

 

Sim, se for a sua primeira passagem por lá, quiser saber mais, ter informações sobre como tudo foi formado? Que planta é essa? Que bicho é aquele? Por que não posso descer sozinho até o desfiladeiro? Quando e como tudo isso se formou? Quais são as provas? Como foi definida a era de formação? Qual é a distância entre os dois paredões? Qual é a temperatura durante a madrugada? O que preciso levar? Onde almoçar?

 


A cidade mais próxima do parque é Cambará do Sul no Rio Grande do Sul (e Praia Grande em SC), onde os turistas encontrarão ótimas agencias e excelentes profissionais para guiá-los aos cânions e outros passeios pela região, oferecendo experiências turísticas encantadoras.   

Como, por exemplo, pacotes em veículos 4 x 4 para acessar lugares que não conseguirão descobrir sozinhos, como o Circuito das Águas, Passo do S, a Cachoeira dos Venâncios, entre outros.

Ou fazer um sobrevoo interestadual dos cânions em um lindo balão multicolorido ou fazer uma trilha bastante radical no fundo dos cânions andando pelas margens do rio do Boi. Ou ainda, fazer passeios de quadriciclos, bikes, cavalos ou canoas.


Nos Aparados da Serra tem atrações para todos os gostos, energias e pernas.

 

Insistimos que os guias e agências de turismo locais são imprescindíveis para absorver tudo o que destinos diferenciados podem oferecer aos viajantes.


Mais do que pacotes e traslados, esses profissionais “vendem” informação, conhecimento, experiência e dicas valiosas para quem não conhece as regiões visitadas, quer matar a curiosidade ou curtir passeios memoráveis em lugares únicos.


Não seja muquirana. Incentive o turismo sustentável. Valorize o trabalho dos profissionais do turismo local e torne a sua viagem ainda mais inesquecível. Contrate agências e guias especializados e traga para a sua vida uma experiência completa, levando muitos aprendizados e histórias na mala da memória.



Recomendamos:

Agência Guia Aparados


Lucas Pietsch

@lucascondutor


Vila Rica, uma potência colonial



Ouro Preto é um museu barroco a céu aberto. Abriga muita história, muitas igrejas, muitos museus, muitos artistas importantes. Muito tudo.


As obras de Aleijadinho, Mestre Ataíde, Mestre Valentim e Mestre Garcia são símbolos da riqueza e da fé cristã do período colonial brasileiro em seu esplendor. E um registro histórico do Brasil Colónia, uma singular manifestação da habilidade e o talento da gente brasileira.


Arte, arquitetura e religião se misturam com extraordinária harmonia, dando identidade única à primeira capital da Capitânia de Minas Gerais, Vila Rica, que surgiu de um amontoado de arraiais que por ali existiam no início do século 17.


Suas igrejas têm arquitetura herdada da Europa medieval, com a mesma exuberância monumental. Seus pórticos são feitos em mármore e granito. As imagens esculpidas pelos grandes mestres estão em todas as igrejas, assim como pinturas de inestimável valor artístico que recobrem suas paredes e tetos.


Os altares são repletos de obras entalhadas em pedra-sabão ou madeiras nobres ricamente revestidas com folhas de ouro. Não há quem não se espante com a beleza dourada do altar-mor da Basílica Matriz de Nossa Senhora do Pilar. Aliás, percorrer as principais igrejas de Ouro Preto é uma sucessão de espantos.


Sendo leigo, não dá para absorver essa avalanche de informação. Quase todos os turistas precisam de orientação para entender a importância histórica e patrimonial de Ouro Preto.

Altar-mor da Basílica Matriz de Nossa Senhora do Pilar Crédito da imagem: autor desconhecido

Mina da Passagem


Você também precisa saber mais sobre toda essa história de glória e tragédia e o que foi o Ciclo do Ouro, época onde milhares de negros escravizados escavaram minas profundas na região de Vila Rica em condições desumanas.


Em uma delas, a Mina da Passagem, entre Mariana e Ouro Preto, mais 30 mil homens escravizados trabalharam diariamente para escavar com ferramentas rudimentares mais de 30 quilometros de túneis para extrair cerca de 35 toneladas de ouro enviadas às Coroas Portuguesa e Inglesa, uma espoliação tão brutal que inspirou a Inconfidência Mineira.


Hoje, a maior parte dos tuneis está alagada formando lagos cristalinos que permitem banhos e mergulhos. A profundidade máxima no setor alagado chega a 240 metros, porém os mergulhos são limitados a 21.


O acesso é feito por um carrinho sobre trilhos que percorre cerca de 315m para descer até um lago a 120m da superfície, onde podem ser vistas enormes galerias que se abrem para outros túneis, grandes salões e colunas de sustentação muito bem conservadas.

A mina foi desativada há 70 anos. Atualmente tem função turística e vale a pena conhecer para ter uma amostra da sua dimensão no século 17.


Ah! E você ainda precisa descobrir os mistérios da culinária e das cachaças mineiras.

Essa é a parte mais fácil e não faltam voluntários para te ensinar.



Você precisa mesmo de um(a) guia?

 

Não, se o objetivo é ir até lá para fazer algumas fotos, caminhar um pouco, tomar sol, meditar, comer e beber bem e voltar embasbacado com a beleza do lugar.

Isso você pode fazer sozinho.

Mas é pouco e você vai perder a viagem!


Sim, se for a sua primeira passagem por lá e você é leigo em história, religião, arquitetura, artes, culinária, fotografia, mineralogia. Caso contrário, vai perder o melhor da viagem.



Gostou de viajar com a gente? Pode enviar seus comentários, sugestões e algo mais. Ficaremos felizes com a sua participação.

Ah! E se puder, compartilhe com seus amigos. Precisamos aumentar a nossa turma de viajantes prateados.


Agradecemos sua leitura!


1 comentario

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Invitado
28 nov 2024

Gostei e já deu vontade de ir a Minas Gerais e receber esta avalanche de cinhecimento

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O propósito deste blog é dialogar sobre viagens, turismo, cultura, longevidade, economia e bem-viver com quem faz parte da Geração Prateada ou está quase chegando lá. Temos a sorte e o privilégio de sermos a primeira geração na história da humanidade que tem sua longevidade ampliada. Precisamos estar preparados para desfrutar a maturidade em sua plenitude e celebrar essa conquista todos os dias. Longevivendo acredita que viajar é uma das formas mais saudáveis para viver mais e melhor!

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