Como espantar o tédio
- 4 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de mar.
É verão, mas não precisava ser tão verão assim, né?
Mal começou e já estou cansado de 2025. Em menos de 60 dias, o novo ano já dá sinais de que irá superar os anteriores. Em muitos sentidos. Basta um olhar rápido pelas manchetes: as notícias diárias estão tristes e muito chatas. É uma lenga-lenga que corrói a paciência. Pior: tira o tesão.
E o calor, hein? E as chuvas ? E a seca? E os juros? E o BBB? São assuntos banais que nos deixam sem vontade alguma de continuar qualquer papo. Tudo fora do lugar, completamente imprevisível e inconclusivo. Tudo é motivo para procrastinar.
Além da indisposição que o calor excessivo provoca em quem não é mais adolescente, essa época do ano causa transtornos aos viajantes. Como também é alta temporada no Brasil, período de férias, as estradas ficam lotadas, os hotéis mais caros e os restaurantes oferecem filas para degustação.
Tudo bem, é verão, mas não precisava ser tão verão assim, né?

Mas o quê a gente pode fazer?
Em primeiro lugar, deixar pra lá. Se a dupla de presidentes dos EUA quer pôr fogo no mundo, o que EU posso fazer? Se o dólar subiu 0,01%? Se a bolsa caiu, se o PIB despencou, o déficit fiscal disparou, eu que tento me virar com o pouco que tenho, posso fazer o quê? Quase nada.
Quando muito posso acompanhar as notícias para não ficar totalmente por fora. É melhor deixar para os “especialistas”, pra quem vive disso e precisa ficar 24 horas no ar falando das mesmas coisas.
Não adianta incendiar a minha alma discutindo nas redes sociais, alimentando tretas, problematizando tudo. Faz mal para o fígado.
Em segundo, procurar coisas novas pra fazer e aprender. Se sobrar uma graninha, viajar mesmo que seja por perto. Sempre há um lugar para você encontrar um pouco de paz.
Nos últimos tempos, andei aproveitando para ler, para fazer um curso de fotografia, revisar alguns trabalhos, pesquisar e planejar viagens para depois que La Niña se acalmar, quando as estradas deixarem de ruir e as águas baixarem.

Kathya e eu fizemos uma viagem-passeio até São Francisco Xavier na serra da Mantiqueira. É um destino que conhecemos e que sempre retribui com belas paisagens e momentos memoráveis. Apenas isso. Foram dias (poucos) de puro ócio regenerativo.
Nada de horários, compromissos ou maratonas de trilhas e cachoeiras.
É o turismo lento na prática, sem tédio e sem culpa.
Valeu a pena e fica como sugestão pra quando o tédio apertar!
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